quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Após vídeo de baile funk, dono de boate se apresenta e diz ser ‘laranja’

Sócio disse não ter conhecimento que espaço promovia festa com menores.
Imagens postadas na internet mostram garotas rebolando para plateia.

 

Um dos proprietários da danceteria, onde foi gravado o vídeo com um grupo de garotas - aparentemente menores de idade – dançando funk para uma plateia de masculina, se apresentou espontaneamente no Ministério Público Estadual de Campinas (SP) na tarde desta quarta-feira (23). Segundo informações da promotoria, ele disse ter sido usado como “laranja” por outros sócios.
Na terça (22), integrantes da Vara da Infância e Juventude e fiscais da Prefeitura de Campinas estiveram na casa de shows, na Vila Industrial, mas não localizaram nenhum dos responsáveis pelo local, que de acordo com o juizado de menor não possui alvará de funcionamento e nem autorização para promover festas com menores de idade.
Segundo informações do Ministério Público, em depoimento ao promotor da Infância e Juventude, o sócio afirmou que não tinha conhecimento da realização desse tipo de festa no local. A promotoria agora vai investigar as afirmações feitas por ele e notificou a Vara da Infância e Juventude sobre o depoimento.


O caso
O MP abriu investigação, na segunda-feira, sobre as imagens registradas em uma danceteria na Vila Industrial. As garotas dançavam coreografias com apelo sexual em um evento divulgado como “proibido para maiores de 18 anos”. As imagens, publicadas na internet, mostram as garotas no palco da danceteria. Elas dançam, rebolam e se insinuam para os meninos da plateia, que começam a jogar notas de R$ 100 falsas para estimular as meninas a seguirem com a coreografia ao som de um funk.
Alguns garotos chegam a tocar nas meninas e colocam o dinheiro fictício no short delas. Uma das dançarinas abaixa a calcinha durante a apresentação, que acontece na presença de um homem visivelmente mais velho. Ele parece coordenar o show, orientando as garotas. Na tarde de segunda-feira, a boate estava fechada e nenhum responsável foi localizado para comentar a gravação. No espaço, havia apenas uma faxineira, que não soube informar quem eram os proprietários da casa. Em frente ao local, a reportagem da EPTV encontrou pedaços das notas de R$ 100 falsas usadas durante o evento.
“Nós já efetuamos a abertura de um processo investigatório. Os comissários já partiram para identificar a origem e a localização disso. Após esta investigação, nós vamos tomar as medidas que possam ser tomadas. Vamos verificar se a casa tem o alvará que autoriza a entrada de menores”, afirmou o encarregado do juizado de menores Roberto Rodrigues de Souza Junior.

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