Rússia diz que ataque israelense na Síria viola estatuto da ONU
País se disse preocupado com as informações sobre o bombardeio.
Hezbollah libanês afirmou que ataque revela 'as origens' do conflito sírio.
O governo da Rússia manifestou preocupação nesta quinta-feira (31) com as informações sobre um bombardeio israelense em território sírio indicou que condenaria o ataque, no caso de confirmação.
"A Rússia está muito preocupada com as informações sobre um bombardeio da aviação israelense na Síria, perto de Damasco", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores."Caso a informação seja confirmada, isto significa que aconteceu um bombardeio sem nenhuma justificativa no território de um Estado soberano, o que viola grosseiramente a carta da ONU e é inaceitável, independente do motivo", completa a nota.
"Estamos adotando medidas de urgência para esclarecer a situação nos mínimos detalhes".
"Pedimos novamente o fim da violência na Séria, sem intervenção estrangeira - o que seria inadmissível -, e o início de um diálogo sírio baseado nos acordos de Genebra de 30 de junho de 2012", conclui o comunicado da chancelaria.
A Síria anunciou na quarta-feira (30) que a aviação israelense havia "bombardeado diretamente" um centro de pesquisa militar situado entre Damasco e a fronteira libanesa.
Questionado pela AFP, um porta-voz do exército israelense se negou a fazer comentários.
Entrevistado pela rádio pública, o ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, membro do gabinete de segurança, se negou a comentar a notícia.
"Em geral, Israel nem desmente nem confirma este tipo de atividade militar por motivos de segurança", declarou Tzahi Hanegbi, um deputado do Likud, ligado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Aliados
O Hezbollah libanês, aliado do regime de Damasco, afirmou nesta quinta que o bombardeio israelense de um centro militar na Síria revela "as origens" do conflito sírio.
Em um comunicado, o movimento xiita armado "constata que este ataque revela as origens do que acontece na Síria há dois anos e os objetivos criminosos que buscam destruir este país e seu exército para debilitar seu papel central na resistência e concluir o grande complô contra nossos povos árabes e muçulmanos".
O Hezbollah "condena com força esta nova agressão sionista contra a Síria". O texto faz referência ao primeiro ataque israelense na Síria desde que, em março de 2011, explodiu uma revolta popular contra o regime sírio que virou conflito armado. Segundo a ONU, mais de 60.000 pessoas morreram desde então.
O Hezbollah expressa sua "total solidariedade com a Síria, seu governo, seu exército e seu povo".
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