Alinne Rosa: "Não tenho problema de namorar fã. Eu já namorei um"
Quem vê Alinne Rosa com um microfone na mão, toda extrovertida, nem imagina que exista uma timidez escondida por trás. "Sou bastante tímida, mas um tanto cara de pau: quando tem que ir, eu vou", conta a vocalista da Banda Cheiro de Amor, de 30 anos, em entrevista exclusiva ao iG , no barracão da escola de samba paulista Império de Casa Verde.
Se a vergonha passa imperceptível nos palcos, Alinne sente um pouco na hora da paquera. "Prefiro que o homem chegue. Eu dou um sinal, mas se ele não chegar, também não vou, não", conta.
Apesar da timidez, a vocalista da banda de axé ostenta um corpo invejável e sempre mostra fotos do abdômen sarado nas redes sociais. Mas, para manter a boa forma, é preciso determinação: alimentação balanceada e exercícios aeróbicos, principalmente corrida.
Sem comentar sobre ex-namorados, mas levando o assunto na brincadeira, "vamos falar de coisa boa", diz ela, aos risos, Alinne - que está de namorado novo, o empresário Felipe Carvalho , de Salvador - conta sobre a preparação para o carnaval, além de abordar temas como se envolver com fãs, carreira de atriz e muito mais. Confira o bate-papo com Alinne Rosa:
iG: O carnaval está chegando e você comanda o trio elétrico Bloco Cheiro. Como é a preparação para a folia? Alinne Rosa: Existem vários tipos de preparação: a física, a vocal, a com a banda. Para a física, dou uma aumentada na malhação. Faço exercício aeróbico mais caprichado, corro porque não gosto de fazer abdominal, tenho acompanhamento com nutricionista. Aliás, tem toda uma equipe que me auxilia a chegar no carnaval 100%, além da minha fono e do meu otorrino que também me acompanham o ano todo, mas um mês antes do carnaval intensificam o trabalho comigo na parte vocal.
iG: Já que precisa ficar 100% para o carnaval e intensifica a ginástica, muda também a alimentação? Alinne Rosa: Sim, isso muda também nessa época. Na verdade, o ano inteiro eu tenho uma alimentação balanceada. Lógico que não radical, como um acarajezinho aqui, um docinho ali... Mas chegando dois meses antes do carnaval procuro intensificar e me controlar mais para dar uma secada, uma definida, para o figurino cair bem. Preciso cuidar mais ainda disso tudo esteticamente e da saúde também nessa época.
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Descobriram agora isso. Estão convidando as baianas da música pra atuar. Eu gostei. Tem que ter muita cara de pau e eu acho que a gente tem”
iG: Em cima do trio você chega a ficar 10 horas seguidas. Tem algum treinamento específico para aguentar o pique? Alinne Rosa: Normalmente a madrugada é um horário em que estou acordada, então procuro dormir o máximo que posso. Quando saio do trio, já procuro desaquecer a voz, ficar em silêncio... Quando chego em casa recebo uma massagem, tomo um banho quente pra dormir o máximo que conseguir, pra esquecer o que está acontecendo no carnaval e no outro dia acordar cedo pronta pra ir pro trio.
iG: Tem alguma novidade para os quatro dias de folia? Alinne Rosa: A novidade sou eu! Mentira (risos). Novidade sempre tem um bocado... Um repertório novo, com cerca de 400 músicas para não ter aquela coisa de repetição. Vou puxar quatro dias em Salvador, tem gente que vai todos os dias. Estou esperando também a confirmação de alguns convidados que chamei. O figurino também está ficando muito bonito. Estou focando todas as minhas atenções no carnaval pra sair tudo perfeito.
iG: Carnaval é época de "pegação". Você é uma mulher bonita, bem-sucedida... Acha que isso intimida um pouco os homens na hora da paquera? Alinne Rosa: Intimida um pouco sim. Tem aquela coisa de se aproximar e todo mundo querer saber da vida da pessoa que está comigo. Então, tem que ter muita personalidade, muita atitude para segurar essa onda. Principalmente se a pessoa não for do meio. Quando já é um namoro, facilito, falando como é, como acontecem as coisas.
iG: Falando em paquera, está namorando? Alinne Rosa: Eu comecei a namorar de novo... É o Felipe, uma pessoa lá de Salvador. Começamos a namorar faz pouco tempo. Agora fiquei com vergonha... (risos).
iG: Então você é uma pessoa tímida? Alinne Rosa: Sou bastante tímida, mas um tanto cara de pau: quando tem que ir, eu vou. Mas no meu ser, que muitos não conhecem, tem uma timidez, mas eu venço.
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Há muito tempo conheci um rapaz num show e acabei namorando ele por seis meses. Mas essa foi a única vez. Ele era fã, mas não fanático, de fã-clube”
iG: E então como você age na hora da paquera: vai para cima ou espera o homem chegar? Alinne Rosa: Prefiro que o homem chegue. Eu dou um sinal, mas se não chegar também não vou, não. Dou aquela olhadinha de dois, três segundos, mas não chego. Sou mais tímida e espero.
iG: E você teria algum problema em se relacionar com fãs? Alinne Rosa: Não tenho problema, não, de namorar fã. Eu já namorei um. Há muito tempo conheci um rapaz num show e acabei namorando ele por seis meses. Mas essa foi a única vez. Ele era fã, mas não fanático, de fã-clube. Mas não tenho problema com isso, não. Quanto mais gostar de você, melhor.
iG: Quando o Diego Pombo participou... Alinne Rosa: Esquece esse assunto. Vamos pular (risos)
iG: E o Cássio Reis... Alinne Rosa: Vamos falar de coisa boa, vamos falar da iogurteira top therm? (gargalhadas).
iG: Recentemente, você atuou na minissérie da Globo "O Brado Retumbante". Aceitaria trabalhar em alguma novelas? Alinne Rosa: Trabalhar em novela seria uma experiência interessante. Sei que fazer aquela pequena participação foi um trabalho duro, porque tive que me desdobrar. Estava fazendo muito show e gravando o meu CD e as gravações da minissérie eram no Rio de Janeiro. Eu ficava sem voltar pra casa, praticamente. Do show eu ia pra TV e da TV, pro show. Então se acontecesse de gravar eu teria que me dedicar mais a isso. Meu foco sempre foi a música. Mas se acontecesse um convite que não atrapalhasse, eu faria, porque gostei muito de fazer.
iG: Muitas cantoras de axé já trabalharam como atrizes. Você acha que está no DNA da mulher baiana? Alinne Rosa: Descobriram agora isso. Estão convidando as baianas da música pra atuar. Eu gostei. Acho que a gente tem uma coisa de desenvoltura, de ser mais extrovertido. Ser cara de pau... A baianidade nagô grita e ajuda. Tem que ter muita cara de pau e eu acho que a gente tem.
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Sou bastante tímida, mas um tanto cara de pau: quando tem que ir, eu vou. Mas no meu ser, que muitos não conhecem, tem uma timidez, mas eu venço”
iG: Em "O Canto da Sereia", Isis Valverde viveu uma cantora de axé que pediu para um fã e amigo assassiná-la ao descobrir que ela tinha um câncer no cérebro. Você acha que, mesmo sendo ficção, Sereia agiu certo? Alinne Rosa: De jeito nenhum. Viver é tão bom. Ela deixou a vaidade falar mais alto, eu deixaria a vida correr. Eu ia lutar pela vida, com certeza, com todas as forças. Me emocionei com a história e tudo mais, mas não acho certo, não faria igual a ela.
iG: Tem previsão para o lançamento do novo álbum? Alinne Rosa: Gravei um CD agora, só estou esperando o lançamento, provavelmente sai depois do carnaval.
iG: Pretende fazer turnê fora do Brasil? Alinne Rosa: Ainda não tem nada confirmado, mas todo ano a gente faz uma turnê na Europa, nos Estados Unidos.
iG: Vai tirar férias depois do carnaval? Alinne Rosa: Depois do carnaval ainda tenho mais alguns shows agendados, mas vou tirar uns 10 dias de férias. O destino ainda não sei: vou botar o dedo assim no mapa e me jogar.
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